sábado, 24 de janeiro de 2015

APOSENTADO COMEMORA SEU DIA SEMPRE TRABALHANDO POR SEUS DIREITOS

Aposentar e descansar têm se tornado algo cada vez mais raro para muitos dos brasileiros. Tanto é que a maior parte dos aposentados, conforme dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), segue no mercado de trabalho para complementar a renda e se sustentar. Hoje, Dia do Aposentado, mesma data em que a Previdência Social completa 92 anos, quem já ‘pendurou as chuteiras’ garante que nada tem a comemorar.
Após adquirir o benefício em 1999, o funcionário da indústria têxtil Guerino Bertão, 55 anos, foi um dos aposentados que recorreram à atividade remunerada, novamente, para manter sua renda familiar. “Infelizmente, a aposentadoria é muito baixa. Hoje, só consegue suprir 30% das minhas despesas. Sem meu emprego seria muito difícil ter boas condições para viver”, afirma.
A situação não é diferente para a porteira Rosete Leonnidio da Silva, 62, que igualmente consegue sobreviver somente com a renda de sua aposentaria. “Ganho aproximadamente R$ 1.300 do INSS. Com duas filhas é muito difícil ficar só com esse salário”, desabafa.

Além da rotina puxada, um dos motivos que mais aborrecem os aposentados é a correção aplicada aos seus rendimentos. A metodologia de reajuste para quem recebe o piso, equivalente ao salário mínimo (R$ 788), leva em conta a inflação mensurada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás. A regra utilizada para ajustar valores acima, entretanto, considera apenas o INPC. O resultado foi que quem ganha o piso teve reajuste de 8,8% e quem recebe acima, de 6,23%.

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