Aposentar
e descansar têm se tornado algo cada vez mais raro para muitos dos brasileiros.
Tanto é que a maior parte dos aposentados, conforme dados do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social), segue no mercado de trabalho para complementar a
renda e se sustentar. Hoje, Dia do Aposentado, mesma data em que a Previdência
Social completa 92 anos, quem já ‘pendurou as chuteiras’ garante que nada tem a
comemorar.
Após
adquirir o benefício em 1999, o funcionário da indústria têxtil Guerino Bertão,
55 anos, foi um dos aposentados que recorreram à atividade remunerada,
novamente, para manter sua renda familiar. “Infelizmente, a aposentadoria é
muito baixa. Hoje, só consegue suprir 30% das minhas despesas. Sem meu emprego
seria muito difícil ter boas condições para viver”, afirma.
A
situação não é diferente para a porteira Rosete Leonnidio da Silva, 62, que
igualmente consegue sobreviver somente com a renda de sua aposentaria. “Ganho
aproximadamente R$ 1.300 do INSS. Com duas filhas é muito difícil ficar só com
esse salário”, desabafa.
Além
da rotina puxada, um dos motivos que mais aborrecem os aposentados é a correção
aplicada aos seus rendimentos. A metodologia de reajuste para quem recebe o
piso, equivalente ao salário mínimo (R$ 788), leva em conta a inflação
mensurada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior
mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás. A regra utilizada para
ajustar valores acima, entretanto, considera apenas o INPC. O resultado foi que
quem ganha o piso teve reajuste de 8,8% e quem recebe acima, de 6,23%.
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